O Projeto

 O que fazemos: "O Projeto Yoga para todos visa difundir o Yoga de forma inclusiva, através de artigos, aulas e cursos de Yoga"

Nossos cursos tem uma metodologia cuidadosamente
orientada por profissionais renomados do Brasil e exterior.
  


O objetivo maior do projeto é a inclusão e a democratização da pratica. Isso significa incluir pessoas que nunca imaginariam que poderiam praticar, seja por limitações físicas, financeiras ou pela falsa idéia de que YOGA é difícil ou algo acessível apenas para pessoas com grande flexibilidade. Yoga é muito mais que as posturas que vemos na mídia. As técnicas podem adaptar-se para todos, de acordo com limitações e necessidades individuais. É fundamental contar  com a orientação cuidadosa de professores capacitados.

  Yoga é um estilo de vida para qualquer pessoa, de qualquer idade, sexo, religião, anatomia, condicionamento físico.




EQUIPE:  o Projeto conta com o apoio e presença de profissionais renomados como Professor Hermogenes, Thiago Leão, Marcos Rojo, Gerson Dáddio, Monja Coen, Regina Shakti, Swami Nirmalatmanada, Analu Matsubara, Vitor Caruso, Loka Saksi, Silvia Lucarini,entre outros.
 Realiza artigos,  cursos e eventos.

Esse é um projeto de TODOS, iniciantes ou professores de qualquer linha de Yoga..... Sugestões são bem vindas e você pode participar de diversas formas. 

 COMO COLABORAR: Participando ou divulgando os cursos, enviando artigos, fazendo doações, etc....Com a sua participação nos nossos cursos e com a ajuda de apoiadores, visamos poder oferecer aulas para ONGS parceiras, que poderão oferecer Yoga para pessoas de baixa renda, etc.
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Quem idealizou o projeto (veja a sessão editora)
 Silvia Lucarini é idealizadora do Projeto Yoga para Todos e edita esse blog.
 Peregrina , artista multimídia e formada em Yoga pelo método da escola Kaivalyadhama, India na FMU.
 Contato: projetoyogaparatodos@gmail.com
 
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Quer colaborar e ajudar a levar Yoga para mais e mais pessoas? Envie sugestões ou artigos para o email: projetoyogaparatodos@gmail.com

ARTIGOS INFORME YOGA


Essa sessão "INFORME YOGA",  conta com o apoio de colaboradores especialistas, professores renomados, entrevistas e você!
Participe: envie sugestões, fotos, artigos para projetoyogaparatodos@gmail.com
Artigos e entrevistas


 Artigos, frases, entrevistas:

"Yoga é um resgate espiritual. Existem nomes e formas diferentes. Mas Yoga é Yoga". Infelizmente hoje existem muitas distorções. Yoga deve ser um caminho para o auto conhecimento." Thiago Leão
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Entrevista com Professor Hermógenes:

O senhor costuma dizer que o maior perigo para o ser humano é ser contagiado pela doença da normose. O que é isto?
É a doença de ser normal. Aí você pergunta: “Mas o normal é doente?” Sim, é. O que não é doente é o natural. Normal é o comportamento que todos têm, a mesmice generalizada. Estive lendo que, depois da Segunda Guerra Mundial, o consumo de refrigerantes aumentou 85 por cento. Os normóticos são os que estão consumindo refrigerante. Quem não possui a doença prefere água ou sucos. Muitas coisas que destroem o homem estão na moda, dentro das normas. São normais, mas não são naturais. Normose é esta vida pequena, mesquinha, daqueles que são manobrados pela máquina de convencer. Os normóticos em geral são acometidos de outra doença, a egosclerose. Por que há tanta miséria no mundo? É porque a egosclerose dominou as pessoas de poder. Elas pensam: “Primeiro, eu. Depois, eu. Em terceiro lugar, talvez, minha mulher e meus filhos. Os outros que se danem.” É isto que está acontecendo na política, nas finanças, na educação, na medicina, nas ciências em geral. As pessoas lutam pelo poder e, ao chegar lá em cima, continuam com isso estupidamente.
O senhor pode apontar pessoas que não tenham se tornado normóticas?
Mahatma Ghandi, Chico Xavier e irmã Dulce são exemplos de pessoas não-normóticas.
Durante suas viagens, cursos e palestras, o senhor vê o interesse por terapias alternativas e naturalistas aumentando?
Sim. Tenho recebido muito apoio e aceitação. Mas há exceções, como certos especialistas, cientistas e religiosos obliterados e dogmáticos que sentem alguma ameaça. Mesmo assim, são raros. O que apresento é convincente não somente pelo poder da experiência, mas também pela clareza da lógica. Minha alegria é ver transformadas as pessoas que aceitaram meus ensinamentos, saindo de problemas difíceis. Sem dúvida, eu seria mais aceito se fizesse alguma coisa normótica para os normóticos. Se eu oferecer carniça em festival de urubu, vou ganhar muito mais dinheiro, mas se oferecer flores, serei bicado.
Como o senhor conheceu o Hatha Yoga?
Eu tinha tuberculose. Meus pulmões pareciam casas de abelhas. Me atacou a laringe a ponto de me deixar afônico. Como o tratamento era à base de muita alimentação e muito repouso, quando terminou eu estava envelhecido e obeso, apesar de ainda estar na faixa dos 35 anos (por volta de 1956). O pior era o bloqueio psicológico e social que o médico me impôs. “Você não pode ficar no Sol, pegar sereno, ir à praia, fazer ginástica” e por aí afora. Até propôs que eu me aposentasse porque minha vida estava comprometida. Foi aí que ganhei um livro de Yoga de um autor indiano, Selvajaran Yesudian, escrito em francês. Como era muito claro na didática, comecei a fazer sozinho, como experiência. Pensei: “Ou fico bom ou morro logo”. A transformação em poucos meses foi tão espetacular que surgiu um novo ser daquela ruína. Senti o compromisso de dedicar o resto da minha vida a mostrar o mapa da mina aos outros.
Então o senhor é autodidata?
Sim. O mestre que eu tinha era invisível, chamava-se Deus. Não havia nada em português sobre o Hatha Yoga. O primeiro livro em nossa língua sobre o tema foi escrito por mim e publicado em 1960 a partir de minha experiência pessoal e de meus estudos sobre medicina oriental, anatomia, psicologia e tudo mais que me desse base para compreender o que se passara comigo. Chama-se Autoperfeição com Hatha Yoga, que chegou em 1996 à 35ª edição. O principal é a quantidade de cartas com depoimentos de pessoas, até da África portuguesa, dizendo como o livro mudou a vida delas.
Além dos livros, suas técnicas são ensinadas e divulgadas através da Academia Hermógenes. Como ela surgiu?
Ao escrever esse meu primeiro livro, ele se tornou um best seller. Fui procurado pelas pessoas para ensinar-lhes as técnicas. Para mim, o Yoga era tão puro que eu não queria misturá-lo com uma empresa. Um amigo de infância montou a coisa na rua Uruguaiana e me ofereceu em 1962. Vamos completar o 35º ano de funcionamento em 1997. Milhares de pessoas já passaram por lá.

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Mente Cheia - por Regina Shakti
"Quando nossa mente fica cheia de desejos e ansiedades, o desconforto interno se instala e a gente não presta atenção em mais nada.
Quando isso acontece, ficamos girando em torno de nós mesmos e nossa expressão é de insanidade. Nossa mente pode ser uma grande amiga ou nossa pior inimiga.Podemos observar que a maioria da população do planeta, vive para satisfazer os próprios sentidos.
Raramente fixamos nossa mente em algum serviço útil para a sociedade, nossa tendencia é querer desfrutar de algum prazer. Sinto informá-los, mas esse planeta não é de desfrute. Aqui na nossa vida terrena, se tudo der certo, vamos envelhecer e morrer.
Aqui estamos para aprimorar nosso ser e elevar nossa consciência. O desejo de desfrutar quase sempre nos leva a frustração.Se planejarmos nossa mente para desejar apenas o necessário, estaremos fazendo algo positivo por nós mesmos.Podemos usar nossa habilidade mental para desejar manifestações mais nobres. Com a mente serena e o coração tranquilo, ficaremos aptos para atuar sem exigir nada em troca.Temos a impressão que sem desfrutar, nossa vida ficará muito chata e sem sentido e isso é um grande engano. Estamos sufocados com nossos equivocos, sempre que nossos interesses economicos predominarem sobre a ética e a moral, ficaremos desequilibrados e agitados, afastando assim a serenidade e o conforto interno. Quando nossa mente está poluida não conseguimos saber o que é certo ou errado e nem a importancia disso. Chá de carqueja parece veneno e é remédio. Milk shake é uma delícia e faz mal.  
Não quero com essas palavras sugerir que sejam negligentes com seus deveres e obrigações, nem que façam votos de pobreza, e sim que coloquem a prosperidade interna, do bem estar crescente, como prioridade existencial. 
Quando vamos enriquecendo sem estrutura interna, vamos ao mesmo tempo ficando agressivos em relação as pessoas que gostam mais das nossas posses do que da nossa pessoa.  
Muitas vezes ouvimos : fulano gosta de ciclano porque ele é rico, ou porque é famoso ou tem alguma coisa que lhe interessa. É isso mesmo...alguma coisa a gente sempre tenta ter para conquistar atenção. nem que seja um super carro, ou jóias lindas. As relações baseadas nesse tipo de interesse, não duram muito e tendem ao desentendimento e falsidade. 
Portanto caros amigos, o melhor é : sermos internamente amigáveis, humanos, sensíveis, solidários, tolerantes e quanto mais rico, mais humilde. Assim todos vão ficar encantados e vamos brilhar com a luz certa. O que brilha com luz própria nada pode apagar.
Desejo luz pata todos,
Regina Shakti.
Regina é professora de Yoga, uma das pioneiras no Brasil e coordena um espaço para vivências (cursos) chamado de ashram em Campos de Jordão (www.ashram.com.br)

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Stress -  falta de descanso e trabalho sem propósito -    por Soninha Francine
Ninguém consegue fazer só o que quer – mas se você só faz o que não quer, nunca haverá descanso que chegue! Para desestressar, é preciso ser minimamente  feliz no trabalho. Eu me lembro de quando a palavra "stress" começou a aparecer. No começo, precisava de tradução; hoje, já está totalmente incorporada ao nosso vocabulário. Qualquer criancinha sabe o que é "estar estressado"... As condições externas ajudam: temos muito mais compromissos do que tínhamos antes, mais pressa e mais impaciência, mais barulho, poluição e violência... E ainda que nossas vidas não sejam assim tão agitadas, temos acesso à informação de tudo quanto é canto do mundo. Mesmo tranqüilos no sofá, vivemos os sobressaltos dos problemas e sofrimento de milhões de outros seres humanos. Cada um tem de descobrir a sua maneira de lidar com isso e reduzir o próprio esgotamento físico, mental e emocional. Alguns preferirão evitar o contato com a agitação: desligar a TV, morar longe da metrópole, ter contato com a natureza. Outros tentarão gastar energia – sair para dançar, jogar bola, fazer academia. Alguns procurarão distrações silenciosas, como escrever, desenhar, bordar... Tem que esfrie a cabeça trabalhando nas horas vagas – em algo totalmente diferente da ocupação profissional. Um executivo de multinacional terá como hobby a marcenaria. Um advogado será voluntário em um orfanato.A escolha de um parecerá absurda para o outro. E a sua, qual é?

  Meu repertório inclui muitas coisas diferentes. Gosto de escuro e de silêncio tanto quanto de jogar bola e dançar. De rir com os amigos e de ler um livro. De jogar paciência no computador e de cuidar do jardim. De acordar bem cedo e de dormir na rede.Mas descobri, em vários momentos da vida, que as atividades paralelas não são suficientes para "desestressar". Descanso, sono e lazer são super importantes, mas o modo como conduzimos nossas atividades produtivas é decisivo. Se você faz o que gosta, com pessoas em confia, de um jeito que não agride seus princípios e seu organismo, por mais cansativo que seja o seu trabalho, você terá força para encarar. Poderá ficar exausto, desanimado, frustrado, louco da vida às vezes, mas não perderá a pulsação que nos mantém dispostos a seguir em frente – depois de uma pausa para uma leitura, uma corrida ou um bate-papo. Portanto, mais do que descobrir como você prefere fazer para relaxar, importa responder à pergunta:

"Por que eu faço o que faço? Estou no lugar em que quero estar?" Não, a gente não consegue fazer só o que quer – mas precisa tomar cuidado para não fazer só o que não quer. Se for esse o caso, está na hora de mudar de lugar.

SONINHA FRANCINE, vereadora de SP, ex vj MTV...

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 Entrevista com Marcos Rojo

 
Nesta breve entrevista com o professor Marcos Rojo, coordenador dos cursos de formação em yoga do Iepy e colunista do Informe Yoga, investigamos alguns aspectos importantes sobre a ética profissional que envolve os professores e estudantes do Yoga. Confira!

Silvia Lucarini: Que critérios orientam seu trabalho como professor e coordenador, no sentido de qualificar bons multiplicadores da filosofia e prática de Yoga?

Profº Marcos Rojo: A minha maior preocupação é encontrar professores sinceros que não só ensinem yoga, mas vivam o yoga. Que não fazem do yoga um meio de vida, mas um modo de vida. Tenho tido o mérito de juntar professores fantásticos para esta proposta e nós queremos fazer com que o curso mostre o yoga como disciplina transformadora, como uma forma de se ver o mundo e uma proposta de revisão de nossas prioridades de vida.

Acho que o interesse pelo yoga é muito mais devido ao modismo do que uma mudança de consciência. As pessoas não estão procurando o yoga filosofia, mas o yoga físico. O que tem atraído muita gente é a aquisição de habilidades. Os professores de yoga de artistas famosos se tornam as grandes referências atuais e isso é uma demonstração do modismo. Mas isso não é negativo.
Muitos que são atraídos pela moda acabam se interessando e querendo se aprofundar. Sempre haverá um lugar para a tradição, especialmente para os que estão livres dos modismos. Tradição não é a manutenção de um sistema hermético.
É a manutenção de princípios que caracterizam um sistema, reconhecendo a necessidade de adaptações para cada época e cultura, mas sem perder os objetivos principais.